domingo, 7 de setembro de 2014

Mais um pouco sobre o minimalismo...

 Acompanho um grupo no facebook https://www.facebook.com/groups/vidaminimalista/que sempre me surpreende...a cada dia venho aprendendo mais, sentindo-me equilibrada, realizada e principalmente feliz. 
        Hoje é um dia que reservo para relaxar...ler blogs, buscar mais conhecimento e me deparei com um texto excelente e resolvi reproduzi-lo aqui. Gosto de dividir com vocês tudo que me acrescenta e que possa fazer você refletir.

Vida simples é sacrifício ou prazer?




Toda vez que penso nas pessoas que conheci e que são adeptas da simplicidade voluntária, percebo que elas têm algo em comum: um sorriso no rosto, uma leveza no olhar e até uma beleza incomum, difícil de explicar. E isso, para mim, é muito significativo. Fiquei pensando sobre esse assunto e gostaria de compartilhar com você algumas ideias.
Buscar uma vida mais simples, dentro da filosofia da simplicidade voluntária, significa fazer escolhas por vontade própria, voluntariamente: eu decido comprar menos roupas, usar o mesmo celular por mais tempo, prestigiar mais comida caseira ou trocar o carro pela bike, por exemplo. A graça e a satisfação, neste caso, residem nas pequenas coisas, nos detalhes que abrigam essências e nos nutrem mais e melhor.
Cada passo por mais simplicidade é dado com consciência e espírito de experimentação. Essa postura traz mais leveza às mudanças e, ao mesmo tempo, abre espaço para descobrirmos os benefícios de sermos mais flexíveis, sabendo voltar atrás sempre que necessário. E, assim, uma opção voluntária torna-se autêntica quando o esforço para se desfazer dela é maior do que a energia empregada para mantê-la. Já pensou sobre isso?
Já conheci muitos entusiastas e adeptos de diversas linhas alternativas de vida, que pregavam uma alimentação mais saudável, ou uma educação mais libertária, ou um olhar mais consciente para o corpo e o espírito, ou mesmo uma agricultura mais sustentável, uma construção mais ecológica etc. Mas sempre havia algo em parte dessas pessoas que me intrigava. Em geral, por mais irônico e curioso que isso possa parecer, elas tinham um olhar sisudo, uma dureza no coração e uma amargura no trato com as outras pessoas que eram incompatíveis com a filosofia ou o estilo de vida que elas divulgavam.
Lembro-me de um restaurante perto da casa onde eu morava em São Paulo, que era frequentado por adeptos de certa linha de alimentação natural. Embora a comida fosse gostosa (eu costumava almoçar lá duas ou três vezes por mês) e rotulada como saudável, os clientes pareciam estar sempre de mau humor e com uma pinta de arrogância. Achava engraçado aquilo e ficava imaginando se eles estariam mais felizes em outro lugar, talvez comendo um cachorro quente de rua, lambuzado de mostarda e maionese.
Mais uma vez, me vem à mente o lema “se não é divertido, não é sustentável”. Se você come alfafa com rabanete pensando em lasanha à bolonhesa, algo está muito errado. Em outras palavras, se não for uma escolha agradável para você, jamais será mantida ao longo do tempo de maneira a ser benéfica para a sua vida.
É por essas e outras que o movimento da simplicidade voluntária tanto me encanta. Ele não é radical nem permissivo demais. Não dita regras, mas sugere caminhos. Não busca verdades absolutas, porque sabe que a dose certa ou adequada é sempre uma escolha individual. E mais: o destino de quem deseja e vai atrás de uma vida mais simples é a liberdade, e não a opressão ou a privação. Liberdade de dizer não ao consumismo, liberdade de não precisar de tantas coisas, liberdade para pensar de forma independente de qualquer anúncio publicitário, liberdade de trabalhar menos para curtir mais a família e os amigos (já que não será preciso ter dinheiro para comprar “o mundo inteiro”)…
Costumo defender que uma vida mais simples é também uma vida mais rica e prazerosa. Rica em sentidos, propósitos e significados. Rica em escolhas que, simplesmente, nos fazem bem. O prazer, por fim, está no que acontece entre uma escolha e outra. Experimente!
Foto: Acordar bem cedo (sem o despertador) e ver o sol nascer. Quer coisa mais simples e prazerosa?

Nenhum comentário:

Postar um comentário